sexta-feira, janeiro 27, 2006

“Distraído?!?”

Entrei noutro sentido,

Ou mesmo fora de mão,

Eu sem ter compreendido,

Uma normal situação.

As noites só a dois,

Introduzidas por alguém,

Só percebi muito depois,

Mas o tempo ia mais além,

Do que podia fazer.

Voltar muito atrás,

Eu ia tanto querer,

Mostrar que sou capaz,

E de novo voltar a amar.

Continuando a viver,

Junto contigo caminhar,

Sem nunca nada sofrer.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

“Bola de Cristal”

Na minha bola de cristal.

Não vejo norte, não vejo rumo,

Apenas negro e denso fumo.

Nem uma luz, nem um sinal,

Nada me mostra, nada me guia,

Não me desperta nem me alerta.

Bola redonda, negra e fria,

Incompreensível e indiscreta,

Pequeno cristal de pureza.

Não mostras ontem nem futuro,

Nada vejo com clareza,

Nem nada vejo nesse escuro.

Bola minha de cristal,

Orienta esta minha ida,

Dá-me um rumo natural,

Pelo qual oriente minha vida.

“Esclarece”

Dá-me mais que um sinal,

Mas que seja bem claro.

Mostra-me afinal,

Sem causar qualquer estrago.

Quero mesmo tudo, eu perceber.

Sem ser mal entendido,

Sem sabor amargo

Nem nenhum tempo perdido.

Mostra-me afinal,

O que queres tu fazer,

Quero apenas, te escutar,

E ouvir-te dizer…

Conta-me os teus planos,

E onde neles eu estou,

Dá-me as coordenadas,

Marca-me o azimute,

Para onde é que vou.

sábado, janeiro 14, 2006

“Nada mais importa”

Agora que importa,

Se o tempo passou,

Se a sensação já morta,

Esqueceu aquele que sou.

Nada mais importa,

Pois o destino mudou,

Fechou-se essa porta,

O coração cansou.

Agora que importa,

Se a fonte já secou,

Se trancou a porta,

E nada mudou.

Nada mais importa,

E aquele que sou,

Já fechou a porta,

Mas tanto te amou.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

“Não consigo embalar”

A noite tão fria,

A manhã tão ausente,

Não consigo embalar.

Fica ou… Parte de vez.

O sonho tão triste,

Não consigo embalar.

Ainda sinto o calor,

Da palma da tua mão.

Mas estou a sonhar,

Bate forte meu coração,

Não quer perder fulgor,

Não consigo embalar.

Passaste e não viste,

Agora e outra vez.

Não consigo embalar,

Apenas fugir ao presente,

Somente isso queria.

Mas… Estou a sonhar.

“Relembrar”

À tarde só os dois,

O sacrifício parecia tanto,

Mas não fiz com intenção,

Nem sequer nisso pensei.

A dor já era depois,

Do tempo ser tanto,

Não podia durar a canção,

Não quis nem aguentei.

.

Passado tanto e algum tempo,

Olho em frente e não vejo,

Atrás também não vem nada,

Já não sei o que acreditar,

Nem sequer sei se lamento,

Ou que quero e desejo,

O mar acaba em nada,

Em nada termina o amar.

.

Liberto ou talvez não,

Caminho tão sozinho,

Luto para me aguentar,

Para não me deixa5r cair,

Feito louco e triste no chão,

Quero apenas no caminho,

Voltar a crer sonhar,

Numa onda doce partir.

“Acordar”

Quando vais acordar,

Dessa tua ilusão,

Assim não pode continuar.

Liberta o coração,

Quem vai lá estar,

Segurando a tua mão,

Quem te vai levantar,

Quando caíres no chão.

Não podes voltar,

É tudo tanta ilusão,

Não deixes de acreditar,

No bater do coração.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

“Nos Teus Lindos Olhos”

Quem és? Onde vais?

Que brilho é esse,

Nos teus lindos olhos.

Pedaço de céu ou de mar!

Eles brilham demais,

O sol arrefece,

Nos teus lindos olhos

Que me fazem recordar.

Tempos tão desiguais

E de outra espécie.

Nos teus lindos olhos

Me quero entregar.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

“Tanto, Certo, Louco”

Sentado aqui neste chão,

Ainda nos planos eu sonho,

Construídos apenas a dois,

Tão calmos, tão certos.

.

Mas a força do coração,

Que eu não envergonho,

Perdeu-se e depois,

Seguiu caminhos discretos.

.

Era tanto e tão pouco,

Tão certo e completo,

Tão certo e tão louco.

.

A estrada com rumo,

Já não existe mais,

Nem os planos secretos

Nem as noites, nem sóis.

.

Esvai-se o corpo em fumo,

Como mortes naturais,

Mesmos sendo discretos,

Já não somos os dois.
.