quarta-feira, março 29, 2006

“Nada mais importa”

Agora que importa,

Se o tempo já passou,

Se a sensação já morta,

Esqueceu aquele que sou.

Nada mais importa,

Pois o destino mudou,

Fechou-se essa porta,

E o coração cansou.

Agora que importa,

Se a fonte já secou,

Se trancou a porta,

E mesmo nada inundou.

Nada mais importa,

E aquele que sou,

Já fechou a porta,

Mas tanto te amou.

sexta-feira, março 24, 2006

“Vazio”



Tenho o coração vazio,

Tenho a alma liberta,

O olhar parece frio,

Sem a chama de poeta,

O espaço parece tanto,

Os lugares são demais,

Nem sequer uso espanto,

Quando faltam os sinais,

O silêncio que conforta,

Outras vezes faz chorar,

Pouco ou nada importa,

Pois ninguém quer entrar.

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quarta-feira, março 22, 2006

“Mãos Atadas”




Estou de mãos atadas,

E cheio de sentimentos,

Relembro-me das estradas,

Que percorri em momentos.

Já nada vou decidir,

Com os punhos cerrados,

À muito deixei de sentir,

Esses toques tão gelados.

A corda aperta-me tanto,

Que nada deixa escapar,

Fica preso o sentimento,

Sem mais se libertar.

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terça-feira, março 21, 2006

“Despovoado”

Para quem escrevo afinal,

Partiste e não fechaste a porta,

Seria certamente mais natural,

Alguém entrar e instalar-se.

Mas não…

Infelizmente não…

Passam e apenas olham,

Sorriem e acham graça,

Até apelidam de belo.

Mas não deixam de passar.

Mas onde quero eu chegar!

As lágrimas derramam-se,

E caem solitárias,

Nem a terra tem o prazer,

De as querer absorver,

Evaporam-se no nada,

Transformam-se em solidão.

“Última chama”

Apaguei sobre o cinzeiro,

A memória não esquecida,

Não foi último nem primeiro,

Desta vida entristecida.

A chama de vez apagou,

O rasto de alegria,

A voz do fundo já calou,

A razão mais querida.

Agora já não sei,

Que possa eu acender,

Agora já não sei,

O que estou a entender.

“Último beijo”

Tenho só um desejo,

Um pedido final,

Dá-me mais um beijo,

Nesse teu jeito natural.

Só mais quero sentir,

Esse toque especial,

Apenas vou pedir,

O meu beijo final.

.

Diz-me que sim,

Não sejas tão fatal,

E que seja assim,

Depois o certo final.

Apenas te quero beijar,

E sentir, bem, afinal,

O que não te posso dar,

Nem igual tem igual.