sábado, dezembro 24, 2005

“Outono”

Uma brisa no momento,

Uma folha que lá vai,

São as tardes de Outono,

São as noites mais escuras,

Caem loucas as ternuras,

Embaladas pelo sono,

Só a tristeza não cai,

Libertando o sentimento.

.

Os ramos belos despidos,

Sem a beleza primaveril,

Mas também com outros encantos,

Inertes, livres e felizes,

Sem rímel, batons e vernizes,

Mas a pureza tão gentil,

Quando caem os gemidos.

“Feito em dois”

Ao fim ao cabo, os medos

Continuam a existir,

Passado algum tempo, ainda

Estou sem decidir.

O corpo feito em dois,

E mais esse teu lado,

Mesmo sendo três, não consigo

Estar parado.

Sinto meu coração,

Sem alma e vazio.

O tempo passado,

Assim, sempre o repetiu.

As horas são tão loucas,

E as certezas tão poucas,

A noite está ,mais calma,

E o sol não brilha mais.

O tempo nada cura,

As feridas doem mais .